Um animal é um ser vivo que precisa de cuidados e atenção diários.

Os bebés crescem e podem até tornar-se exemplares de grande porte.

Um animal, ao contrário do ser humano, só será bebé durante um breve período de tempo, normalmente até aos seis meses. Depois torna-se um juvenil, muitas vezes irrequieto. Por isso, se o encanta a ideia de o seu bebé de quatro anos crescer com um bebé gato ou cão, recorde que seis meses depois o seu filho terá apenas quatro anos e meio e o animal já não será um bebé. Além disso, um animal bebé tem tendência para brincar mordiscando e usando as garras para se agarrar, e uma criança não o sabe educar, podendo magoar-se nestas brincadeiras. É sempre bom ponderar a adopção de um animal adulto tranquilo.

Um animal, tal como uma criança, adoece e precisa de cuidados médicos. Porém, os tratamentos veterinários não são comparticipados pelo Estado, não entram em despesas de IRS e podem ser realmente dispendiosos em caso de doença. O seu orçamento mensal terá de ser reajustado e contemplar a alimentação, alojamento e acompanhamento veterinário do seu companheiro de quatro patas.

Os animais precisam de ser desparasitados e vacinados com regularidade, e devem visitar o veterinário, em consulta de rotina, pelo menos uma vez por ano.

Os animais precisam de ser ensinados, e podem demorar algum tempo a aprender. Nesse período, podem estragar coisas em casa e sujar.

Os animais precisam de ter o seu pêlo tratado regularmente (dependendo a frequência do tratamento do facto de terem pelagem longa ou curta), devendo ser escovados, lavados e tosquiados sempre que seja necessário.

Os animais precisam de tempo e atenção, tal como uma criança. Se gostar muito de animais e quiser mesmo muito ter o prazer de usufruir da sua presença, pode optar por adoptar dois animais, para que possam fazer companhia um ao outro durante a sua ausência.

 

 

Um animal dependerá de si durante 15 ou 20 anos, e vai ficar velho. Isso quer dizer que vai precisar de mais cuidados nessa altura: poderá ter dificuldades em andar, ver e ouvir; poderá necessitar de alimentação específica para algum problema de saúde e, logo, mais cara; poderá sofrer de problemas agudos ou crónicos de rins, coração ou ossos. Deve decidir na altura em que adopta um animal se está disposto a cuidar dele na velhice, e ter consciência de que isso poderá implicar uma despesa acrescida.

Um animal tem uma personalidade própria, que nem sempre se consegue vislumbrar quando é bebé… tal como acontece com uma criança. Deve decidir se está disposto a aceitar o animal com a personalidade que vier a demonstrar ter, ou se é mais conveniente adoptar um animal adulto, já com a personalidade definida.

Um animal não é uma moda, nem um acessório de moda: não se deve adoptar um determinado tipo de raça só por estar na moda, mas que não se adapta ao seu temperamento, ao seu ambiente familiar e ao seu estilo de vida.

Um animal continuará a ser o seu animal durante as férias, pelo que terá de pensar se o leva consigo, escolhendo hotéis apropriados, se o deixa num hotel para animais ou se prefere o Pet Sitting. Todas estas opções têm custos, e é precisamente nas épocas de férias que mais animais são abandonados, por egoísmo, falta de amizade, de consciência e de humanidade.

A sua vida pode mudar, pode ter um novo emprego, casar ou engravidar, e deve pensar no que vai fazer numa situação dessas. Se passar pela sua mente a ideia de que pode sempre dá-lo… não adopte!

A adopção de um animal não pode ser algo imposto, tem de ter o acordo de todos os familiares envolvidos, nem pode ser o resultado de influências momentâneas geradas por pedidos de crianças.

Um animal será o seu mais fiel amigo durante toda a vida, e os amigos não se traem, não se abandonam, não se desprezam, nem se maltratam. Deve decidir se está disposto a ser também o melhor amigo do seu animal.